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domingo, 26 de janeiro de 2014

ANOMIA, O CASO BRASILEIRO - SOCIÓLOGA MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA


ANOMIA, O CASO BRASILEIRO 
Maria Lucia Victor Barbosa 
O sociólogo Emile Durkeim (1858-1917) viveu as turbulências do início da sociedade industrial e isto influenciou sua preocupação com a ordem e com novas ideias morais capazes de guiar o comportamento das pessoas. Ele observou os conflitos resultantes das transformações socioeconômicas nas sociedades europeias e concluiu que havia um estado de anomia, ou seja, a ausência de leis, de normas, de regras de comportamento claramente estabelecidas. 
Na atualidade o rápido desenvolvimento dos meios de transporte, de comunicação, da tecnologia, da ciência indica a transição para um mundo mais complexo onde o conhecimento de hoje é rapidamente ultrapassado amanhã. Nesse contexto valores são perdidos, instituições se desagregam, percepções entre o certo e o errado desaparecem e o indivíduo parece uma mosca tonta na janela de um trem-bala. Prevalece o individualismo, o hedonismo, a vulgaridade, a mediocridade, a imoralidade. 
Como as sociedades são dinâmicas e não dá para permanecer nesse estado indefinidamente aos poucos vai se construindo uma nova ordem. Paralelamente começam a surgir novas representações coletivas, outro conceito de Durkeim a significar experiências advindas da influência grupal – família, partido político, religião, etc.- que suprem os indivíduos com ideias e atitudes que ele aceita como se fossem pessoais. 
No Brasil, país da impunidade, do jeitinho, da malandragem sempre houve certa anomia. Um salvo-conduto para o desfrute impune de atos de corrupção. Uma largueza moral que encanta os estrangeiros que aqui vêm usufruí-la sem jamais ousarem repeti-la em seu país. Características essas culturais originadas historicamente e aprimoradas ao longo do tempo. 
Contudo, foi com a entrada do PT na presidência da República que acentuou nossa anomia. Isso se deu através dos sucessivos e impunes escândalos de corrupção do partido que se dizia o único ético, o puro, aquele que vinha para mudar o que estava errado. No poder o PT se tornou não um partido não igual aos outros, mas pior. 
Por isso mesmo foi marcante o julgamento do mensalão quando, pela primeira vez, poderosos e seus coadjuvantes foram parar na cadeia por conta da coragem e da firmeza do ministro Joaquim Barbosa auxiliado por alguns ministros do STF. 
Lula da Silva sempre foi um homem de muita sorte ajudada por sua verborragia. Herdou um país sem inflação, além de políticas públicas as quais de certo modo imitou. No plano internacional reinava calmaria econômica. No âmbito interno nenhuma oposição partidária ou institucional. As performances escrachadas do “pobre operário” agradavam a maioria e formou-se uma representação coletiva que aceitava todos os desvios e desmandos do governo. Diante da roubalheira o povo dizia: “se eu estivesse lá faria a mesma coisa”. 
O todo-poderoso Lula da Silva se reelegeu e fez mais, obteve um “terceiro mandato” sem precisar alterar a Constituição. Isso porque elegeu uma subordinada que não dá passo sem ouvir suas ordens. 
Contudo, no final do segundo mandato de Lula da Silva a economia do Brasil paraíso começou a fazer água e os três anos da sucessora tem sido um fiasco retumbante. 
O álibi para o descalabro é a a crise internacional, mas, na verdade foi a politica econômica incompetente e errática da presidente e do Mr M autor das mágicas contábeis, ou seja, do Senhor Mantega, que está nos conduzindo ao fracasso. 
O governo do PT conseguiu nos transformar no país dos pibinhos, no lanterninha dos BRICS. A inflação cresce, tivemos em 2013 o maior déficit comercial de nossa história, com resultado negativo de US$ 81,3 bilhões, a geração de emprego recuou 18,6% no ano passado, a desvalorização cambial já é outro grave problema. 
Existe, porém, algo mais que a economia. Lula da Silva se aliou à escória governamental, a começar pela América Latina. Insuflou ódios raciais. Jogou a Educação no nível mais baixo enquanto seu ministro Haddad tentava insuflar amoralidade na formação das crianças. A Saúde virou sinônimo de crueldade e não serão médicos cubanos, ideologicamente trazidos para cá, que reporão a falta de estrutura de hospitais e postos de saúde. 
Agora está sendo colhido o que foi plantado com os votos no PT. A manifestação pacífica de junho, em 2013, foi só um passo tolhido pela entrada dos tais black blocs, politicamente inseridos ou não. Entretanto, várias outras manifestações vêm se espalhando pelo país de forma violenta com queima de ônibus, interdição de estradas, depredações, saques. Enquanto isso aumenta a força da criminalidade dando a nítida impressão de que um tenebroso Estado paralelo se sobrepõe ao Estado de Direito. 
A rotineira barbárie da prisão de Pedrinhas é a ilustração mais perfeita da anomia brasileira a qual devemos agradecer aos nossos governantes, especialmente, ao governo do PT. 
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga 
mlucia@sercomtel.com.br 
www.maluvibar.blogspot.com.br 

#naoabafa 

Juntos Somos Fortes!

4 comentários:

  1. Com todo o respeito que a nobre Socióloga merece ao expôr neste espaço as suas opiniões e pontos de vista, mas esse texto contém DIVERSAS inverdades, NOTÁVEIS distorções e é de uma PARCIALIDADE incrível!

    Minha senhora, entre 1997 e 2008 eu fui militar de carreira do Exército Brasileiro. Servi na Brigada de Infantaria Paraquedista, tropa de elite do Exército com reconhecimento internacional. Entre 2001 e 2002, a tropa Pqdt não tinha o que COMER. O motivo? A falência (econômica, moral e gestora) do Governo FHC. Eu era o comandante de uma garagem com 30 veículos em que DOIS andavam precariamente. Não havia combustíveis. Faltava munição. Nosso comandante comprava quentinhas, com dinheiro do próprio bolso, para alimentar as guarnições de serviço na hora do almoço. À noite, comprávamos, num sistema de "vaquinhas", pizzas, que nos eram entregues no corpo da guarda. As Forças Armadas estavam em situação de PENÚRIA!

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  2. (Continuando... Parte 1)

    Mas não é apenas isso... Em 2000, fui aprovado no vestibular de Geografia da UFRJ. Nossas provas eram em folhas de papel almaço compradas por nós. Não havia transporte na Ilha do Fundão. Bandejão? Nem pensar. As duas bibliotecas do CCMN fechadas. Entre 2000 e 2002, final do segundo mandato de FHC, eu fiz, em quatro períodos, três viagens de campo para pesquisa. Todas as outras (não me recordo ao certo, mas seria algo em torno de 10) foram CANCELADAS por "falta de recursos".

    Em dois anos de Governo Lula, ele deu aumentos para as tropas que não haviam ocorrido entre 1997 e 2002. Em dois anos, TODAS as peças necessárias à recuperação das minhas viaturas foram providenciadas e ainda chegaram mais dois caminhões de 5 toneladas, três jeeps, uma Van e uma viatura 4x4 3/4 tonelada. Em dois anos de Lula, paramos de passar fome nos quartéis. A fome que o FHC nos impingiu.

    Entre 2003 e 2004, primeiros dois anos do Governo Lula, eu viajei seis vezes, sendo uma das viagens para o Sertão Nordestino (15 dias) e outra para o Pantanal (12 dias) tudo com ajuda de custo do MEC. Nossas bibliotecas no CCMN foram totalmente recuperadas e colocadas em operação. Já que a senhora é Socióloga, pergunte aos seus colegas do IFCS/UFRJ como era aquilo lá na Era FHC e na Era Lula...

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  3. (Continuando... Parte 2)

    A senhora falou sobre a corrupção petista. Mas insinuar que o PSDB é um poço de competência administrativa e de gestão limpa é abusar muito da minha paciência e tentar me passar atestado de burro. O FHC chamou os aposentados de vagabundos. Ilhas Cayman, Propinoduto, Trensalão, Mensalão do PSDB mineiro, 450 kg de cocaína no helicóptero de um senador (a culpa deve ser do helicóptero...) seriam o quê?

    Cada um acha, fala e escreve o quiser. Mas o mínimo que se exige é que as pessoas apresentem argumentos e informações coerentes e respaldadas em alguma fonte real. Eu vivenciei FHC e Lula na pele. No Exército Brasileiro e na UFRJ. Afirmo CATEGORICAMENTE que praticamente tudo do que a senhora propôs é equivocado. A senhora está aproveitando este espaço para impor um juízo de valor distorcido e deturpado. Alguns concordarão e outros não, como eu. O mais importante, é expor argumentos plausíveis e práticos e não apenas reproduzir um ódio sedimentado em argumentos (se é que se pode chamar disso, né?) frágeis e rasos que muito mais demonstram um ponto de vista de classe (alta!) e fortemente contaminado por tudo aquilo que, há semanas, estamos enfrentando...

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  4. (Continuando... Parte 3)

    A manipulação suja e sórdida de uma imprensa que omite o fato de o Joaquim Barbosa viajar de férias para a Europa por mais de um mês recebendo diárias como se fosse uma viagem a serviço e expões uma Presidente da República, em viagem oficial à Europa, como se fosse uma gastadeira do nosso pobre dinheirinho...

    Eu não me deixo manipular por essa imprensa vil. Nenhuma superficialidade conceitual, moral ou informacional vai me fazer tomar uma posição, partido de alguma coisa ou seguir determinados juízos de valor. Mas cada um com seu cada um. Só digo o seguinte para a senhora, para o Coronel Paúl e demais leitores: a mesma imprensa suja e vil que omite informações verdadeiras sobre a Conexão Gávea-Canindé e que empreendeu uma violenta, virulenta e sórdida campanha contra o Fluminense e sua torcida dá total apoio ideológico e respaldo midiático ao PSDB que a senhora tanto respeita e dá apoio...

    Com a palavra (e consciência), os leitores do Blog.

    Saudações Tricolores!

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