JORNALISMO INVESTIGATIVO

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

2011: JOSÉ DIRCEU, DELTA, CAVENDISH E SÉRGIO CABRAL.

Prezados leitores, recordar é compreender.
REVISTA VEJA
BLOG DO REINALDO AZEVEDO
09/05/2011
às 4:59
Num dos posts abaixo, vocês lêem que os mensaleiros Delúbio Soares e José Genoino se encontram em estado de graça. O primeiro comemorou o seu retorno oficial ao PT — de onde, de fato, nunca saiu — com uma festança. O outro, assessor do ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi condecorado pelo próprio ministério. E aquele que foi apontado como o comandante deles todos — “chefe da quadrilha”, na linguagem da Procuradoria Geral da República? Pois é…
O “consultor de empresas” José Dirceu continua a dar as cartas no PT — “nomeou” recentemente o aliado Rui Falcão para a presidência do partido — e a fazer muitos negócios. Sua empresa de consultoria, a “JD” é um portento. A VEJA desta semana traz uma história cabeluda, narrada por Hugo Marques.
Em entrevista à revista, dois empresários, José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado, acusam o ex-ministro e chefão petista de fazer tráfico de influência em favor da empreiteira Delta Construções, uma gigante do setor. Segundo os dois, Dirceu foi contratado por Fernando Cavendish, presidente do Conselho de Administração da Delta, para facilitar seus negócios com o governo federal. E como eles sabem?
Eles eram donos da Sigma Engenharia, empresa que seria incorporada pela Delta em 2008; os três se tornariam sócios. O negócio emperrou e foi parar na Justiça. Oficialmente, a Delta contratou Dirceu como consultor para negócios junto ao Mercosul. Receberia modestos R$ 20 mil mensais pelo trabalho. De fato, dizem os denunciantes, a Sigma passou a ser usada por Cavendish para fazer transferências bancárias a Dirceu.
Um trecho da reportagem informa o desempenho da empresa de Cavendish no governo petista. Seu grande salto se dá a partir de 2009, ano da contratação de Dirceu:
“Durante o governo do ex-presidente Lula, a Delta passou de empresa de porte médio a sexta maior empreiteira do país. É, hoje, a que mais recebe dinheiro da União. Sua ascensão vertiginosa chamou a atenção dos concorrentes. Em 2008, a Delta já ocupava a quarta colocação no ranking das maiores fornecedoras oficiais. Em 2009, houve um salto ainda mais impressionante: a empresa dobrou seu faturamento junto ao governo federal. Em 2011, apesar das expectativas de redução da atividade econômica, o faturamento da Delta deve bater os 3 bilhões de reais - puxado po r obras estaduais e do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento.”
Comprando senadores
Informa ainda a VEJA:
“Em reunião com os sócios, no fim de 2009, quando discutia exatamente as razões do litígio, o empresário Fernando Cavendish revelou o que pensa da política e dos políticos brasileiros de maneira geral: “Se eu botar 30 milhões de reais na mão de políticos, sou convidado para coisas para ‘c…’. Pode ter certeza disso!”. E disse mais. Com alguns milhões, seria possível até comprar um senador para conseguir um bom contrato com o governo: “Estou sendo muito sincero com vocês: 6 milhões aqui, eu ia ser convidado (para fazer obras). Senador fulano de tal, se (me) convidar, eu boto o dinheiro na tua mão!”.
É isso aí. Num post abaixo, vocês lêem trechos da entrevista dos dois empresários. Dirceu não quis falar com a reportagem da VEJA porque disse que não comenta os assuntos de sua empresa privada. Em seu site, atacou a revista e disse que vai processar os dois empresários.
Por Reinaldo Azevedo
REVISTA VEJA
BLOG DO REINALDO AZEVEDO
09/05/2011
às 4:55
Os engenheiros José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado eram donos da Sigma Engenharia, empresa adquirida pela Delta Construções, em 2008. Durante o processo de fusão, no entanto, os sócios se desentenderam — e o negócio encontra-se até hoje em litígio judicial. Foi nesse período que o empresário Fernando Cavendish contratou os serviços da JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro José Dirceu. E é do centro dessa disputa que surge a revelação sobre as verdadeiras atividades do ex-ministro.
Que tipo de consultoria o ex-ministro José Dirceu realizou para o grupo Delta?
Romênio - Tráfico de influência. Com certeza, é tráfico de influência. O trabalho era aproximar o Fernando Cavendish de pessoas influentes do governo do PT. Isso, é óbvio, com o objetivo de viabilizar a realização de negócios entre a empresa e o governo federal.
E os resultados foram satisfatórios?
Romênio - Hoje, praticamente todo o faturamento do grupo Delta se concentra em obras e serviços prestados ao governo.
A contratação de José Dirceu foi justificada internamente de que maneira?
Romênio - A contratação foi feita por debaixo do pano, através da nossa empresa, sem o nosso conhecimento. Um dia apareceram notas fiscais de prestação de serviços da JD Consultoria. Como na ocasião não sabia do que se tratava, eu me recusei a autorizar o pagamento, o que acabou sendo feito por ordem do Cavendish.
O que aconteceu depois da contratação da empresa de consultoria do ex-ministro?
Quintella - A Delta começou a receber convites de estatais para realizar obras sem ter a capacidade técnica para isso. A Petrobras é um exemplo. No Rio de Janeiro, a Delta integra um consórcio que está construindo o complexo petroquímico de Itaboraí, uma obra gigantesca. A empresa não tem histórico na área de óleo e gás, o que é uma exigência Ainda assim, conseguiu integrar o consórcio. Como? Influência política.
A Delta, por ser uma das maiores empreiteiras do país, precisa usar esse tipo de expediente?
Romênio - Usa. E usa em tudo. O caso da reforma do Maracanã é outro exemplo. A Delta está no consórcio que venceu a licitação por 705 milhões. A obra mal começou e já teve o preço elevado para mais de l bilhão de reais. Isso é uma vergonha. O TCU questionou a lisura do processo de licitação. E quem veio a público fazer a defesa da obra? O governador Sérgio Cabral. O Cavendish é amigo último do Sérgio Cabral. A promiscuidade é total.
Leiam íntegra da entrevista na revista
Por Reinaldo Azevedo
Juntos Somos Fortes!

2 comentários:

  1. A sociedade tem que valorizar as áreas essenciais (segurança, educação e saúde)!

    A PMERJ e o CBMERJ estão na sarjeta...

    A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro vivem os piores dias de suas gloriosas histórias. Bombeiros e Policiais Militares estão sofrendo diante da inércia institucional, pois recebem os piores salários do Brasil. O salário do Soldado PM/BM não chega a R$ 1.670,00, enquanto o Salário Mínimo Necessário é de R$ 2.398,82 (dois mil, trezentos e noventa e oito reais e oitenta e dois centavos).

    Salário mínimo necessário: Salário mínimo de acordo com o preceito constitucional "salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo" (Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos Sociais, artigo 7º, inciso IV).

    Fonte: DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

    O QUE É FEITO COM A MAIOR ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS DO BRASIL???

    A PMERJ e o CBMERJ ainda possuem salários indignos.

    REIVINDICAÇÃO da categoria: Piso Salarial Estadual igual ao Salário Mínimo Necessário divulgado pelo DIEESE: R$ 2.398,82 (dois mil, trezentos e noventa e oito reais e oitenta e dois centavos). Chega de SALÁRIOS MISERÁVEIS! O Soldado (PM ou BM) já tem que ingressar na sua corporação ganhando por volta de R$ 2.400,00, conforme determinação constitucional (artigo 7º, inciso IV).

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  2. A diminuição do interstício para as promoções por tempo de serviço na PMERJ e no CBMERJ desrespeita o princípio da meritocracia.

    As Promoções através do critério do Tempo de Serviço acarretam QUEBRA DA PRECEDÊNCIA HIERÁRQUICA, abalando um dos pilares institucionais vigentes na PMERJ: A HIERARQUIA. É um "erro institucional"!

    A PM carioca tem o péssimo sistema de promover automaticamente o Soldado a Sargento, sem fazer concurso e seleção dos mais aptos para esse importantíssimo cargo de supervisão do policiamento. O PM entra Soldado e sai Subtenente sem abrir um livro! Obviamente, isso desqualifica inteiramente a Corporação.

    Não seria melhor reajustar adequadamente os soldos e acabar com a Promoção de Praças por Tempo de Serviço?


    "Divisas não são ganhas, são conquistadas" (Maj Goulart, em janeiro de 2008).

    A hierarquia da Polícia Militar do Rio de Janeiro está sendo jogada no lixo. O Soldado tem que fazer prova para Cabo e o Cabo tem que fazer prova para Sargento, critério utilizado por todas as Polícias Militares do Brasil. O Rio de Janeiro é a única exceção! O juruna acaba desqualificando a graduação de Sargento e de Subtenente (é um Soldado velho).

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