JORNALISMO INVESTIGATIVO

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domingo, 19 de agosto de 2012

TIRO, PORRADA E BOMBA



Prezados leitores, bom dia!
Os jornais de domingo trazem um tema recorrente nas manchetes sobre segurança pública no Rio de Janeiro: Policiais Militares sendo acusados de executarem um morador de comunidade carente.
Não farei qualquer juízo de valor sobre o fato em questão, não tenho qualquer subsídio que me permita uma avaliação, mas gostaria de chamar a atenção dos leitores para uma realidade que não aparece na imprensa, o fato de que após quase seis anos de mandato o governo estadual ainda não conseguiu melhorar tecnicamente as suas ações nas comunidades carentes. O velho "tiro, porrada e bomba" continua vigorando em todas as comunidades nas quais não foram instaladas as UPPs. Aliás, não custa lembrar que a maioria das comunidades carentes não receberá UPP, portanto, terão que continuar convivendo com a outra forma de atuar do governo, a tática do confronto.
No meio desta incomptência governamental vivem os PMs e os moradores, sendo certo de que quando dá certo as autoridades aparecem e concedem entrevistas, mas quando dá errado são os PMs que sentam no banco dos réus.
Os anos se passaram, as UPPs se multiplicaram, a imprensa bateu palmas, mas a tática utilizada na maioria das comunidades continua a mesma que tem sido empregada há vinte anos, eis a verdade.
Juntos Somos Fortes!

2 comentários:

  1. Os Policiais Militares e os Bombeiros Militares continuam recebendo salários miseráveis no Rio de Janeiro. O PM ganha por dia metade do que recebe uma diarista para fazer faxina!

    A greve dos agentes da PF completará duas semanas no dia 21 de agosto.

    Hoje, um salário-base de agente da Polícia Federal é de R$ 7.514,33 (sete mil, quinhentos e catorze reais e trinta e três centavos), valor que, segundo a categoria, está defasado.

    Se o referido valor está defasado, imagine o salário do Policial Militar do Rio de Janeiro!

    Piso salarial do PM e do BM deveria ser de, pelo menos, R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

    O dinheiro público deveria ser utilizado para pagar os profissionais que prestam serviços essenciais à população, como Bombeiros e Policiais Militares. Um Estado que tem a segunda maior arrecadação de impostos do país poderia, ou melhor, deveria pagar aos "heróis sociais" cerca de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais, para cobrir as despesas básicas de sobrevivência, já que o custo de vida no Rio é altíssimo! A insatisfação das tropas da PMERJ e do CBMERJ, por ter o pior salário do Brasil e pelas péssimas condições de trabalho, é evidente!

    O Salário Mínimo Necessário, referente ao mês de Julho de 2012, foi estimado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em R$ 2.519,97 (DOIS MIL, QUINHENTOS E DEZENOVE REAIS e noventa e sete centavos). Este deveria ser o SOLDO do Militar Estadual.

    http://www.dieese.org.br/rel/rac/salminMenu09-05.xml

    Este valor é levantado conforme determina a lei que estabeleceu o Salário Mínimo, o Decreto Lei 399 e a Constituição Federal em seu artigo 7º, inciso IV.

    Pagar dignamente não é um favor, é obrigação, senhor Governador!

    O que é feito com a segunda maior arrecadação de impostos do Brasil?

    Boa parte da verba pública está sendo desperdiçada em propagandas governamentais, que visam apenas conquistar votos para a próxima disputa eleitoral.

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  2. A mãe da suposta "vítima civil" já disse que vai processar o Estado. Não descarto a possibilidade de que realmente este "rapaz" foi morto pelo BOPE. Contudo, acho estranho que uma pessoa de bem, um trabalhador, esteja a uma hora da manhã na rua. Ah, mas qualquer um tem o direito de ficar na rua até a hora que quiser. Concordo, só que em circunstâncias normais. Porque ficar na rua a uma hora destas, no meio de uma troca de tiros entre policiais e traficantes e só depois que cessa o confronto ele tenta entrar em casa? Será que ele estaria tentando se esconder dos policiais após não conseguir fazer frente à invasão do morro por forças da lei?

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