JORNALISMO INVESTIGATIVO

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sábado, 12 de outubro de 2013

CASO AMARILDO: ALGO ESTÁ ERRADO...

Prezados leitores, dez Policiais Militares estão presos em face da acusação de serem os responsáveis pela tortura, morte e ocultação do cadáver do senhor Amarildo, morador da Rocinha.
Tenho acompanhado o caso através da imprensa e lendo instantes atrás uma matéria do G1 sou forçado a concluir que algo está errado.
Sugiro que sejamos pragmáticos para avaliar a minha conclusão, considerando o noticiado sobre o caso pela imprensa até a presente data.
1) Existe prova testemunhal ou técnica da tortura e da morte? Não.
2) O corpo foi localizado? Não, ainda não.
3) Não sendo localizado o corpo, não existe prova de ocultação do corpo, isso é evidente.
3) Obviamente, não sendo localizado o corpo, não houve a necrópsia para determinar se ocorreu tortura e qual foi a causa da morte.
Penso que diante desses fatos, algo está errado na matéria publicada pelo G1, exatamente no trecho que extraio e transcrevo:
"O documento diz ainda que "no dia 14 de julho de 2013, em horário que não se pode precisar, mas após as 19 horas, no Parque Ecológico da Rocinha, perto da sede da UPP, na região chamada de Portão Vermelho, os PMs torturaram Amarildo com emprego de violência, "causando-lhe sofrimento físico e mental, com fim de obter informações da vítima". As lesões produzidas foram a causa eficiente da morte da vítima, segundo a Promotoria" (Leia a íntegra)".
Como concluíram que ocorreram torturas?
Como concluíram que ocorreu a morte?
Como concluíram que a morte foi em consequência de torturas?
Como concluíram que o corpo foi ocultado?
Algo está errado...
Enquanto não surgirem fatos novos na imprensa, adotando a precaução como norte, penso que devemos concordar com a opinião do advogado Marcos Espínola, conforme o contido na mesma matéria, valorizando o direito à presunção de inocência:
"Segundo o criminalista Marcos Espínola, advogado de Victor da Silva, Douglas Machado, Jorge Luiz Gonçalves Coelho e Marlon Campos Dias, a conclusão do inquérito não contém provas que incriminem seus clientes e a prisão é um exagero. “Não há necessidade de prender réus primários, com bons antecedentes, residência fixa e emprego, podendo ser encontrados a qualquer momento para colaborar com o processo”, explicou, em nota enviada pela assessoria de imprensa".
Algo está errado, reafirmo.
Juntos Somos Fortes!

6 comentários:

  1. Sim, algo está errado. E há muito tempo... contudo, recorde-se, o sr mesmo sempre buscou essas instituições de defesa dos direitos humanos(MP e OAB) quando o alertávamos que nelas não encontraríamos escopo, lembra-se?

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  2. Paul, recomendo prestigiar o silencio e aguardar o desfecho das apurações, ainda tem um IPM. É só um conselho!!!

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  3. Grato pelo comentário, Alexandre.
    No caso Amarildo, eu vou aguardar o encerramento das investigações.
    Juntos Somos Fortes!

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  4. Ops! PM servindo de testemunha, afirmando a tortura. E agora? Que tal parar de perder tempo defendendo marginais?
    Seria mais interessante explicar as técnicas de que alguns criminosos experientes têm para sumir com corpos. Aliás, cadê a engenheira Patrícia?

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  5. Ops, parece que apareceu uma testemunha, um PM! E agora? Que tal parar de perder seu tempo com a defesa de marginais?
    Seria mais útil explicar como criminosos escolados em sujeira de todo tipo desaparecem com corpos. Aliás, cadê aengenheira Patrícia?
    Que tal defender uma polícia eficaz, competente e legal?

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  6. Prezado Roberto, grato pelos comentários.
    Lamento que não tenha interpretado corretamente o que tenho escrito, embora tenha destacado em quase todos os artigos que não estava defendendo os PMs, mas sim estava tentando defender os direitos dos PMs. Aliás, eu, outros PMs e BMs fomos ilegalmente presos em 2012, contrariando direitos e prerrogativas. De qualquer forma vamos aguardar o avanço das investigações, pois a testemunha só surgiu após os 10 PMs terem sido presos, antes inexistia qualquer prova técnica ou testemunhal da tortura e do homicídio.
    Juntos Somos Fortes!

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