JORNALISMO INVESTIGATIVO

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domingo, 24 de novembro de 2013

O "JUNTOS SOMOS FORTES!" É A RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA AO "ESTAMOS JUNTOS"


Eu não sei quem transformou primeiro em lema a frase: juntos somos fortes!
Prezado leitor, se você souber, por favor, informe.
Vivenciei o fato, a frase transformada em lema, no movimento ocorrido no Rio de Janeiro, no ano de 2007, envolvendo Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O grupo foi apelidado pelo jornalista Gustavo de Almeida, na época no Jornal do Brasil, como os "40 da Evaristo".  Uma referência ao fato de que quarenta representantes do grupo tinham participado de uma reunião com o Comandante Geral da PMERJ, o Coronel PM Ubiratan de Oliveira Angelo, no Salão Nobre do Quartel General, que fica situado na Rua Evaristo da Veiga. 
O movimento dos "Coronéis Barbonos" (2007-2008) adotou também o lema.
Os Bombeiros também chegaram a citá-lo no seu movimento de 2011, bem como, ele foi empregado no movimento unificado (PM, PC e CBM) de 2012.
Volta e meia eu vejo a frase em faixas e cartazes de diferentes mobilizações.
Adotei o lema, penso que ele seja ideal para aglutinar pessoas em torno de ideais.  Uso desde 2007, quando criei meu primeiro blog (www.celprpaul.blogspot.com).
Dias atrás um amigo do Exército Brasileiro escreveu que o lema estava circulando entre seus pares, como uma referência que é necessária uma maior aproximação entre os militares federais e estaduais. Eu concordei, considero isso imprescindível e urgente, nesse triste momento que vivenciamos no Brasil. Tenho feito o possível para que isso ocorra.
É claro que existem outras frases que guardam o mesmo significado, como "a união faz a força", por exemplo.
No artigo que transcrevo a seguir está contida uma frase que tem o mesmo sentido: "estamos juntos".
Convido que leiam o artigo e antecipo que embora os sentidos sejam semelhantes, nesse caso são  os objetivos dos envolvidos são totalmente opostos.
Cidadão brasileiro, não tenha dúvida, o "Juntos Somos Fortes!" será sempre uma resistência, talvez a derradeira resistência democrática, ao "Estamos Juntos".

"O GLOBO
Guilherme Fiúza.
Quando saiu seu mandado de prisão, José Dirceu recebeu um telefonema de Lula: “Estamos juntos”, lhe disse o ex-presidente. É uma afirmação enigmática. “Estamos juntos” onde? Considerando-se que Lula não está preso também, só resta uma conclusão possível: Lula e Dirceu estão juntos na sociedade que governa o Brasil há dez anos. 
O sócio José Dirceu está condenado e preso por corrupção ativa. Ele não cometeu esse crime quando estava de férias ou numa desventura particular qualquer. O sócio Dirceu cometeu o crime de corrupção ativa quando era ministro do sócio Lula. 
O ex-presidente está solidário com um homem que usou o seu governo para desviar dinheiro público para o seu partido. E manifesta essa solidariedade exatamente no momento em que seu sócio criminoso é preso. 
Lula não sabia de nada. Agora sabe, mas não se importa. E estende a mão aos homens do seu partido que o traíram para roubar o país. Das duas, uma: ou Lula foi traído e repudia o crime dos mensaleiros, ou se solidariza com eles
Como a opção escolhida pelo ex-presidente foi a segunda, não restam mais dúvidas: Lula não foi traído por ninguém, está e sempre esteve no mesmo barco dos companheiros que assaltaram os cofres da nação. 
Nesse mesmo barco, quando o escândalo estourou e Dirceu foi atirado ao mar, Lula colocou Dilma em seu lugar. E em 2010 passou o leme para ela. Logo no primeiro ano de governo da grande gestora, a imprensa burguesa e golpista descobriu uma floresta de fraudes em seu ministério. 
Dilma teve que demitir de cara nada menos que seis ministros — mas de público, para quem quisesse ver e ouvir, se solidarizou com cada um dos demitidos por fraude: estamos juntos. Da mesma forma que Lula está junto com Dirceu. Eles estão todos juntos. 
Assim como no valerioduto, a tecnologia dos contratos piratas para sangrar os cofres públicos está na origem de quase todos os escândalos do governo Dilma. Nos ministérios dos Esportes, das Cidades, do Turismo, dos Transportes e da Agricultura foi a mesma coisa. 
E todos os demitidos foram apoiados publicamente pela presidente — a senha para a manutenção dos donatários. O inesquecível Carlos Lupi, por exemplo, acusado de desvio de dinheiro do contribuinte através de ONGs, perdeu o cargo de ministro do Trabalho, mas foi mantido por Dilma como gerente da boca. 
Não deu outra: dois anos depois, novo escândalo no Ministério do Trabalho, com suspeita de desvio de R$ 50 milhões, envolvendo as mesmas ONGs. O Brasil é uma mãe. E o filho do Brasil sabe disso. 
Qual é a diferença desse tipo de assalto para o mensalão? Nenhuma. Em vez de um só valerioduto, com o dinheiro concentrado no caixa do PT para todas as compras de apoio político, o esquema foi pulverizado. O governo popular entrega a boca para o cliente e abençoa seu esquema. Se a imprensa golpista descobrir, faz-se o teatrinho da faxina e muda-se o zelador. 
Dinheiro para distribuir não falta. O Brasil tem batido sucessivos recordes de arrecadação, ao mesmo tempo em que acaba de bater o recorde de déficit primário (R$ 9 bilhões em setembro), com as menores taxas de investimento do continente. Ou seja: a dinheirama está indo toda para a formidável máquina petista instalada no seio do Estado brasileiro. 
Claro que, com essa gestão criteriosa, a inflação já saiu da meta há muito tempo, os serviços vão de mal a pior e a população já sentiu. Mas não tem o menor problema, porque os revoltados saem às ruas para pedir ônibus de graça, cidadania e bater em jornalista burguês. Enquanto isso, Dilma dispara no Ibope e hoje seria eleita tranquilamente em primeiro turno. Não há dúvida, o esquema deu certo. 
Tanto deu certo que, depois de aguentar um Marcos Valério, o Brasil teve estômago para uma Rosemary Noronha. Segundo a Polícia Federal, a protegida de Lula e Dilma na representação da Presidência da República em São Paulo deitou e rolou na máquina petista, regendo um balcão de cargos e negociatas nas agências reguladoras. 
O cidadão que sofre na favela Antonio Carlos Jobim, no Galeão, à procura de um banheiro, de um elevador, de uma vaga no estacionamento em ruínas ou de uma escada rolante, não se lembra de Rosemary. Nem que ela privatizou a Agência Nacional de Aviação Civil, fiscalizadora dos aeroportos. Rosemary Noronha está livre e passa bem. 
O Brasil aprovou os arquitetos do mensalão, e já indicou que vai renovar a concessão deles em 2014. Lula tem razão: não há o que temer. Estamos juntos, companheiros. E, quando o mensaleiro Delúbio se declara um preso político, só há uma coisa a dizer aos brasileiros, submetidos a esse escárnio: bem feito (Link). 
Guilherme Fiuza é jornalista"
Juntos Somos Fortes!

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