JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

UPPS: REZADEIRA ERROU O DIAGNÓSTICO




Eu cresci em uma família maravilhosa e plural em termos religiosos. Isso não só permitiu que eu conhecesse algumas delas, o que facilitou a minha escolha, mas também ensinou-me a respeitar todas.
Faço tal ressalva em razão de passar a contar uma história ficcional que circulava no seio familiar quando a tentativa dos mais velhos era nos orientar sobre a importância de avaliarmos muito bem as situações, ouvirmos diferentes opiniões e, depois, formarmos a nossa opinião, a que serviria de base para o desenvolvimento das ações. 
Contavam que um menino que morava em uma pequena cidade interiorana apresentou um inchaço no tornozelo esquerdo. Adotadas as medidas preliminares conhecidas pela família, o tornozelo continuava inchando. Logo veio a ideia de levar o garoto para a rezadeira da região. Ao ver o tornozelo inchado, a gentil senhora conclui: torção de nervo. Ele terá que ser rezado por três dias.
A família levou o menino religiosamente para cumprir o determinado.
Passados os três dias, as dores aumentaram,  o tornozelo estava mais inchado e apresentava uma roxidão acentuada.
Desesperados os pais resolveram então levar o menino até o pequeno ambulatório médico que existia na cidadezinha.
Logo ao chegarem narraram a tentativa de cura e começaram a praguejar contra a rezadeira.
Calmamente, o médico como se defendesse a senhora que fazia as rezas, disse aos pais:
- Não fiquem tão aborrecidos com ela. A reza dela pode ser forte. O problema é que ela errou o diagnóstico, portanto, estava "rezando errado". O nervo não está torcido, o tornozelo está quebrado. Ele ficará bom após alguns dias com o tornozelo engessado e o uso de medicamentos.
Prezados leitores, no meio da crise que se instalou na área da segurança pública, evidenciando os graves erros de gestão. Crise na qual as UPPs estão no olho do furacão, o jornal O Globo publica nessa terça-feira o editorial "É necessária forte reafirmação das UPPs"
Eu sugiro a leitura, um editorial é a opinião do jornal, isso faz o conteúdo crescer em importância.
Escreverei sobre ele e publicarei minha opinião nesse espaço democrático, assim como, no blog "A biografia não autorizada das UPPs (link)".
A leitura do editorial me fez lembrar da história da rezadeira. O Globo errou no diagnóstico. 
Deve ter procurado o especialista errado para escrever o editorial que sinalizaria para a cura.
"Rezou errado."
Juntos Somos Fortes! 

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