JORNALISMO INVESTIGATIVO

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quarta-feira, 11 de junho de 2014

CASOS AMARILDO E PATRÍCIA ACIOLI: OS POLICIAIS MILITARES E AS PERIGOSAS INVESTIGAÇÕES



Prezados leitores, ao longo dos mais de 30 (trinta) anos de serviço na Polícia Militar, um terço desse período dedicado as atividades de polícia judiciária militar, o organizador desse espaço democrático teve contato com investigações primorosas e com investigações desastrosas que acabaram envolvendo inocentes.
Não foram poucos os Policiais Militares que ficaram por longo período presos no antigo BEP pelo simples fato de ter ocorrido erro na identificação dos envolvidos no fato criminoso. 
Os fatos eram reais, alguns inclusive com filmagens e com gravações de intercepções telefônicas, indícios que são encarados como provas definitivas em algumas investigações, mas que nem sempre representam a verdade.
A exibição de diálogos entre "traficantes" e "PMs" é fato comum na imprensa que divulga com "exclusividade", mas na hora do investigado identificar com precisão o "PM", incontáveis erros já ocorreram, pois essa tarefa nem sempre é fácil, aliás, na maioria das vezes é difícil determinar que a voz é de "a" ou "b".
Isso sem falar que as falas são divulgadas sempre em partes pela imprensa, o que pode gerar conclusões equivocadas.
A boa técnica determina que o investigador deve buscar compreender o todo reunindo as partes concretas e não pegar partes e tentar criar um todo.
É um erro muito comum o fato do investigador pegar uma parte e a partir dela criar a sua verdade, levando o resto da investigação tentando provar que a sua verdade é a verdade real.
Os erros nas investigações são extremamente comuns no Brasil.
O Coronel Paúl foi um preso político, pois existia o interesse político em associá-lo a "greve unificada de 2012", mas para isso fizeram uma investigação repleta de erros para ludibriar o Poder Judiciário, isso em sede do Plantão Noturno, momento em que uma análise apurada dos fatos nem sempre é possível.
Qualquer investigador iniciante identifica os grosseiros erros, mas apesar deles o Coronel Paúl ficou 7 (sete) dias preso em Bangu 1, sendo que em 5 (cinco) deles ficou incomunicável e, ainda, 3 (três) dias preso no BPCh.
Conhecemos casos de PMs que ficaram anos presos em face de erros nas investigações e que estão lutando há anos para serem ressarcidos dos prejuízos financeiros e morais.
Para não alongar o artigo, tendo em vista que o que tratamos (erros nas investigações) é de domínio público, concluímos encerrando que a prática demonstra que a possibilidade da ocorrência desses erros cresce geometricamente quanto maior for o número de investigados. 
Nós sempre temos uma preocupação muito grande quanto um conjunto de PMs são acusados pela prática de crimes, pois a chance de termos inocentes no grupo é grande.
Dois exemplos relativamente recentes onde inocentes podem estar presos em razão do grande número de investigados:
- Caso Amarildo.
- Caso Patrícia Acioli.
Guardem esses casos na memória.
O tempo dirá se temos ou não razão.

Juntos Somos Fortes!

Um comentário:

  1. Como parente de um desses pms injustiçados, agradeço suas palavras. Só atento para não atenuar a possibilidade de TODOS serem inocentes. Abços. #JuntosSomosFortes
    #ForçEFé

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