JORNALISMO INVESTIGATIVO

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

PACOTE DE MALDADES - POR QUE OS PROTESTOS NÃO ESTÃO DANDO CERTO?



Prezados leitores, antes de iniciarmos o tema proposto, objetivando evitar interpretações incorretas, nos vemos na obrigação de repetir que o nosso blog tem o objetivo de informar, fornecer subsídios para que com base nos nossos e em outros, cada leitor possa formar a sua opinião, usando o seu ferramental de conhecimento.
Não somos e nunca pretendemos ser os donos da verdade.
Preâmbulo feito iniciemos o tema desse e de outros artigos, pois ele não se esgotará nessas linhas:
POR QUE OS PROTESTOS NÃO ESTÃO DANDO CERTO?
Nós somos plenamente favoráveis e estimulamos que a população proteste nas ruas do Brasil na luta por seus direitos, obedecendo os preceitos legais.
No período de 2008 até a presente data, planejamos, divulgamos e participamos de mais de uma centena desses atos de protestos no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Portanto, cumpre ratificar que somos favoráveis aos protestos que estão sendo realizados pelos servidores públicos e pelos militares do estado do Rio de Janeiro (ativos, inativos e pensionistas), mas consideramos que os protestos não estão surtindo o efeito desejado.
Nós podemos elencar uma série de fatores que estão contribuindo para o insucesso, mas faremos isso ao longo dos artigos.
Nesse ponto, alguns dos nossos leitores podem estar discordando da nossa opinião, por considerarem que os protestos estão dando certo, opinião que respeitamos, mas discordamos.
O fato de um Policial Civil estar sendo acusado de ter efetuado disparos de arma de fogo contra Policiais Militares de serviço, salvo melhor juízo, comprova a nossa opinião, considerando que esconde um gravíssimo problema: pessoas estão comparecendo aos protestos portando arma de fogo.
Isso viola o direito constitucional de reunião previsto na Constituição Federal, ou seja, não pode ser alegado esse direito para realizar o ato na via pública.
Aos que consideram que os protestos tem sido positivos, perguntamos:
- O que ganhamos?
Nada.
Na verdade apenas deixamos de perder em face do adiamento da votação do "pacote de maldades", adiamento esse que não se deve aos protestos, mas às intrincadas manobras políticas que estão em curso no Rio de Janeiro e no Brasil, diante das devastadoras "delações premiadas" da Lava-Jato e de outras operações do Ministério Público e da Polícia Federal.
Basta buscar maior conhecimento sobre o atual momento político para acompanhar nossa linha de raciocínio.
Diante do enorme esforço que está sendo dispendido pelos mobilizados, muitos com idade avançada, com problemas de saúde e com enormes dificuldades financeiras, os protestos não estão produzindo resultado positivos, mas estão resultando em muitas "balas de borracha" e "muitos gases", isso contra os mobilizados.
As imagens comprovam a nossa argumentação.
A nossa experiência em protestos nos fez identificar um problema desde o início dos protestos: a falta de lideranças naturais.
O que temos são pessoas "forçando uma barra", por assim dizer, para ocupar esse espaço de liderança, mas sem sucesso.
Isso é de clareza solar.
Sem lideranças, fica muito difícil planejar a mobilização.
A falta de planejamento é o motivo de estarmos presenciando atos inócuos com enorme desgaste dos manifestantes.
Analisemos os atos no Palácio Guanabara.
É marcada uma concentração no Largo do Machado, onde começam os repetitivos discursos inflamados; em seguida os mobilizados saem em passeata com a continuidade dos discursos, o que persiste até a chegada em frente ao Palácio Guanabara. No local, fica claro que os organizadores (os que discursam) não sabem o que fazer. Segue-se um repetido fechamento de ruas, trazendo a população contra o ato e, na última vez, seguiu-se uma caminhada sem destino pelas ruas do bairro, sempre com os discursos feitos, invariavelmente, feitos pelas mesmas pessoas. 
Quem foi aos atos presenciou isso tudo.
No tocante aos atos em frente à ALERJ, eles começaram com a concentração na ALERJ (atualmente, grupos se reúnem em pontos diferentes e seguem em passeata para a concentração). Em frente à ALERJ, os respetivos discursos se repetem até que em dado momento se estimula a invasão (ocupação) e derrubam (ou tentam derrubar) a primeira barreira de grades, o que é suficiente para o policiamento reprimir com o uso do ferramental próprio para o controle de distúrbios civis, não raro com excesso por parte dos Policiais Militares, como comentamos em diversos artigos. A repressão provoca a dispersão da maior parte dos mobilizados e permanecem no local pequenos grupos de pessoas tentando enfrentar o BPChoque e praticando vandalismo.
Quem foi aos atos presenciou tudo isso.
Nesse ponto, temos que fazer um questionamento?
- Se todos sabem que ao tentar invadir a ALERJ o BPChoque reprimirá com rigor, porque os organizadores estão repetindo esse erro grosseiro, ato após ato?
Errar é humano, como apregoam, mas repetir seguidas vezes o erro, isso é absurdo, sobretudo se considerarmos que entre os mobilizados existem pessoas com idade avançada e com problemas de saúde.
Nós solicitamos aos mobilizados que avaliem com muito critério esse interesse no confronto que fica evidente nos discursos dos organizadores, um confronto onde sempre os mobilizados sairão perdendo.
Por que eles querem o confronto?
Uma "guerra perdida".
E, damos um conselho, quando alguém estimular o confronto ao longo dos protestos, peçam para ele ser o "ponta", o homem (ou mulher) que vai na frente, liderando o grupo que o apoia para o confronto, enquanto os que não apoiam devem se afastar para um lugar seguro.
Basta de "balas de borracha" e de "gases" contra os mobilizados, isso deve se restringir aos que querem invadir e enfrentar o policiamento.
Em apertada síntese, demonstramos que os protestos não estão dando certo, tendo em vista que não ganhamos nada, o que deve ser fruto do não (ou mau) planejamento dos protestos, algo que tem ficado evidente.
Os atuais organizadores marcaram um novo protesto na ALERJ para o dia 9 de fevereiro e adiantamos que apoiamos o evento, desde que seja ordeiro, pacífico e dentro dos limites legais.
Por favor, quem for ao protesto, não porte arma, antes que ocorra uma tragédia.
Torcemos para que esse seja diferente e não uma repetição de erros.
As pessoas que comparecem aos atos merecem respeito e o mínimo que se deve esperar é o planejamento adequado para protesto, o qual deve ser divulgado com antecedência pelas redes sociais.
Deve ficar claro o que vai ser feito, os objetivos do ato e a forma de operacionalizá-los.
O que não pode continuar acontecendo é a convocação de pessoas para ficarem enfrentando "balas de borracha" e "gases", isso porque meia dúzia de pessoas querem enfrentar o policiamento, sabe-se lá com qual interesse.
Se o objetivo for esse, avisem antes, assim só estarão no local aqueles que quiserem participar dessa "guerra particular", o que será um micro "exército", pois quem quer lutar pelos seus direitos de verdade estará em casa assistindo ao embate pela televisão.
Nós voltaremos ao tema e o espaço está aberto para a publicação de artigos daqueles que pensam diferente de nós. Basta enviar o artigo com autoria identificada para pauloricardopaul@gmail.com

Juntos Somos Fortes!

PS - O vídeo que ilustra o artigo não foi produzido por nós e está circulando nas redes sociais.

5 comentários:

  1. Existe coisa mais insana do que os corruptos cobrarem que os protestos sejam feito dentro da lei e ainda usarem a força do Estado para se protegerem da fúria de suas vítimas?
    Se estes cleptocráticos agissem dentro da lei, o povo não estaria protestando.
    Em breve, os ânimos se abrandarão, a situação voltará ao normal e os cleptocráticos poderão seguir metendo a mão em paz.

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    1. Um erro não justifica outro erro,temos que ser legalistas, quem não cumpre as Leis são eles (o governo),e não será com violência que iremos vencer essa luta,essa luta tem que ser ganha no campo da política e dá justiça,e nós os Militares somos o que temos maior responsabilidade de respeitar e se fazer cumprir as Leis.

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    2. Eu não sou a favor da vilência, eu só acho que ladão não tem que cobrar nada, e nem usar a força do Estado para se proteger, ele é quem tem que ser cobrado e depois banido da política, e a força do Estado deve ser usada para proteger a sociedade, e as leis para nos proteger destes políticos bandidos. Tudo dentro dos conformes da lei, em favor dos que andam dentro da lei, para que a lei não faça como os Direitos Humanos que protegem os bandidos em desfavor de suas vítimas.

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  2. Se o MUSPE e acólitos querem o confronto com a PM, eles que banquem sozinhos o enfrentamento. Se a PCERJ quer descumprir a CRFB e se reunir armada em manifestações, eles que arquem com suas ações. Agora: não podem os Militares Estaduais - PMs e BMs - caírem nessa arapuca. Isso é manobra de sindicato para praticarem atos de terrorismo e nessa seara os Militares não devem se deixar levar.

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