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terça-feira, 18 de julho de 2017

ARTIGO "PRECISAMOS FALAR SOBRE A MORTE DE POLICIAIS" - PROFESSOR RAFAEL ALCADIPANI




Eu concordo que devemos discutir a morte de policiais no Brasil na busca de soluções para minimizar essa tragédia.
No Rio de Janeiro a situação é de verdadeiro extermínio.
Não podemos ficar em silêncio diante dessa situação de extrema gravidade.
Vale lembrar que onde nem os policiais têm segurança, imagine a situação da população defendia por eles.
O autor do artigo elencou algumas medidas urgentes para minimizar a tragédia.
Eu considero pertinentes as propostas, inclusive com a criação da pena de prisão perpétua para quem mata policial.
Solicito que leiam e opinem.
O autor disponibilizou o e-mail.

"Estadão 
REDAÇÃO 
16 Julho 2017 | 14h17 
Precisamos Falar sobre a Morte de Policiais 
Rafael Alcadipani é Prof. Adjunto da FGV-EAESP e PhD pela Manchester Business School – Rafael.Alcadipani@fgv.br 
Na última semana, um PM de Minas Gerais foi executado quando atendia uma ocorrência de rouba a banco. Criminosos fortemente armados, com armas de guerra, executaram o policial durante a fuga. No final de semana, um Policial Civil de São Paulo foi executado quando criminosos o foram assaltar e perceberam que se tratava de um policial. Pesquisa do Instituto Sou da Paz que analisou morte de policiais constatou que houve um aumento de 16% no número de morte de policiais no último ano em São Paulo. 7 em cada 10 policiais mortos estavam fora de serviço. 99% eram homens e 60% estavam sozinhos na hora da abordagem. Dados do Anuário de Segurança Pública mostram que 393 policiais foram mortos no Brasil em 2015, ou seja, mais de um policial por dia. Como o dado não leva em conta a morte de policiais aposentados ou reformados, este número é expressivamente maior. O policial aposentado muitas vezes precisa fazer “bico” devido a baixa pensão e também preserva a sua identidade de policial. 
( ... ) 
Há medidas urgentes que precisam ser tomadas diante da morte de policiais. Primeiro, o Estado precisa melhorar as condições de trabalho para os agentes das forças de segurança. Em São Paulo, policiais se quer estão tendo aumento em seus salários que reponham a perda inflacionaria, muito embora o Estado de São Paulo tenha superávit. Com isso, ganham menos a cada ano. O mesmo fato se passa no Rio de Janeiro. O segundo aspecto é o aumento da pena e certeza de punição dentro da lei para quem mata um policial. Quando um policial é morto, todas as forças precisam se unir e prender quem o matou. Uma vez preso, esta pessoa precisa ficar preso em regime fechado por uma grande quantidade de anos. Se por um lado o Brasil prende muito mal, em geral o pequeno roubador e o pequeno traficante, por outro é preciso que a pessoa que cometa crimes graves, como matar um policial, tenha uma pena severa. Países como o Reino Unido possuem prisão perpétua algo que poderia estar presente no Brasil para um número muito restrito de crimes hediondos, dentre os quais a morte de policial. É preciso ter um sistema efetivo de penas alternativas no Brasil da mesma forma que precisamos ter penas mais duras para criminosos crimes hediondos. Muitas vezes, a família de policiais mortos enfrenta dificuldades para conseguira indenização do Estado, especialmente se o policial for morto no bico. É urgente haver um processo rápido para que os policiais saibam que se o pior acontecer sua família não ficará desamparada. Por fim, a sociedade e o governo precisam mostrar que não aceitam que seus policiais sejam mortos. Precisamos externar nossa indignação publicamente quando um policial é morto. Isso precisa ser um evento que gere repercussão. Por exemplo, é absurdo que a morte de um policial em serviço não gere luto oficial no país. O desenvolvimento de uma sociedade é mostrado, entre outras coisas, pela polícia que ela possui. Uma polícia protegida será uma polícia que irá proteger (Leiam na íntegra).

Juntos Somos Fortes!

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